TRONCO DE CONTENÇÃO: ESTÁ CRESCENDO RAPIDAMENTE O NÚMERO DE FAZENDAS COM ESTE EQUIPAMENTO. VEJA PORQUÊ.
(Continuação)
Já comentamos a ampla variedade de serviços facilitados pelo uso do Tronco de Contenção numa fazenda. Castrar, marcar, vacinar, inseminar fica muito mais fácil e seguro usando-se esse equipamento, de longa vida útil com mínima manutenção. Agora veja um pouco mais de detalhe sobre esse indispensável equipamento.
O QUE OLHAR PARA ESCOLHER UM TRONCO?
Quatro coisas são fundamentais num Tronco: as medidas, o funcionamento, o tipo de instalação e o material de construção.
As medidas
O Tronco deve ser de bom tamanho, no formato "brete", com um compartimento ou cabine traseira para o veterinário, técnica ou peão, e dois ou três compartimentos, dependendo do projeto, para acomodar o animal.
Os fabricantes de Troncos procuram dimensionar seus projetos em medidas médias, que atendam à grande maioria dos animais, independente de suas raças. É importante ressaltar que o Tronco é um equipamento de apoio para manejo do gado geral – bezerros, novilhos, vacas e bois de engorda. A contenção de um touro reprodutor muito grande e muito pesado, acima de 800/ 900 kg, raramente é feita por meio de Tronco. Até porque esses animais são bem costeados, criados no cabresto e na formiga, geralmente são argolados e nem necessitam de um Tronco. Que por sua vez não são dimensionados especificamente para essa categoria de animal.
CABINE DO TÉCNICO: É CRÍTICA
A cabine do técnico deve ser vista com cuidado. Ela é indispensável num Tronco de bom projeto. Esse compartimento é fundamental para que o veterinário, técnico ou peão treinado trabalhe com tranqüilidade e seguro, isolado do próximo animal da vez pelo fechamento do portão de acesso (portão de correr pelo qual o animal entra no Tronco). A cabine deve ser espaçosa o suficiente para que o operador possa manejar instrumentos veterinários incluindo aqueles desajeitados como o burdizo, e deve possibilitar um bom acesso à parte traseiro do animal. Para isso o portão de correr que fica à frente da cabine do técnico, também chamado de portão de inseminação, deve possuir tábuas removíveis para graduar a altura do fechamento.
Elas devem permitir fácil acesso do operador ao animal através de portões laterais fáceis de abrir e de fechar, sejam eles do tipo inteiriço ou dividido em duas partes. O compartimento da frente do Tronco deve ser dotado de argola reforçada de aço para elevação e imobilização da cabeça, se necessário. Da mesma forma o compartimento da traseira do animal, logo à frente da cabine do técnico, também deve ser dotado de argola para suspensão, imobilização de perna traseira e casqueamento.
VERIFICANDO O FUNCIONAMENTO E A CONSTRUÇÃO
Os portões de passagem do animal, que geralmente são do tipo de correr, devem deslizar de forma macia, permitindo sua abertura e fechamento rápidos.
As guilhotinas, que são as peças verticais articuladas de madeira de lei que imobilizam o animal, precisam ter uns funcionamentos precisos, permitindo seu acionamento e sua liberação sem exigir força pelo operador. A guilhotina dianteira é chamada de pescoceira, e as traseiras, de virilheiras ou vazieiras. O mecanismo acionador das guilhotinas é comandado por alavancas de ação manual. Já o tipo de acionamento pode ser mecânico, através de gatilho com cremalheiras, ou hidráulico, através de pistões. Este último torna a alavanca um pouco mais leve para ser acionada e facilita a ação de liberação da guilhotina, no momento de soltar o animal. O comando hidráulico é autotravador, ou seja, trava a guilhotina em qualquer posição da alavanca.
Alguns modelos de Troncos possuem um mecanismo metálico com um semi-aro de forma circular, acionado por um sistema de contrapeso e catraca, com objetivo de facilitar a castração de novilhos. Essa peça ajuda a conter e expõe totalmente a traseira do animal, aumentando o rendimento do manejo da castração de um lote.
Outro detalhe importante a ser verificado no funcionamento geral do Tronco, é que a construção do mesmo não permita a existência de espaços ou frestas nas laterais, principalmente na parte inferior, por onde o animal possa enfiar uma pata. Nesses casos o risco de uma lesão ou mesmo de uma fratura é alto.
Outra coisa importante a verificar é o número de "pés-direitos", que são aquelas grandes vigas verticais, em par, responsáveis pela solidez da estrutura do Tronco. Quanto mais pés-direitos, melhor será a estrutura do conjunto.
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